sábado, 20 de setembro de 2008

Envelheço na cidade


Tony (mestre sadu)

As Creusas


Charles no bloco das Creusas

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Casa da Montanha


O quintal com o Guapuruvu florido

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Mundo Cyborg


Corpo e máquina se confundem

domingo, 7 de setembro de 2008

Carol e Dani


Mais uma da série não quero mais nada nessa vida.

Noivado do Dani e Carol


Olha a felicidade da mana (DJ da festa)

Betina e Tomás


Não quero mais nada nessa vida

Noivado da Carol e Dani


Pai, primeiro a aliança ou a champagne?

Noivado da Carol e Dani


Bebendo por osmose

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Foto com a gauchada da família


Vamos noivar o Dani e a Carol

Casa Brasil Planeja Seu Futuro


Definição de critérios para prestação de contas

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Partida da Vó Il


Ela vai, a saudade fica.

Eduardo e Ana amélia


Visita a unidade do Casa Brasil de Cuiabá

Crepúsculo


Voltando de Cuiabá.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

NO CAMINHO COM MAIAKÓVSKI

Eduardo Alves da Costa


Assim como a criança
humildemente afaga
a imagem do herói,
assim me aproximo de ti, Maiakóvski.
Não importa o que me possa acontecer
por andar ombro a ombro
com um poeta soviético.
Lendo teus versos,
aprendi a ter coragem.

Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na Segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

Nos dias que correm
a ninguém é dado
repousar a cabeça
alheia ao terror.
Os humildes baixam a cerviz;
e nós, que não temos pacto algum
com os senhores do mundo,
por temor nos calamos.
No silêncio de meu quarto
a ousadia me afogueia as faces
e eu fantasio um levante;
mas amanhã,
diante do juiz,
talvez meus lábios
calem a verdade
como um foco de germes
capaz de me destruir.

Olho ao redor
e o que vejo
e acabo por repetir
são mentiras.
Mal sabe a criança dizer mãe
e a propaganda lhe destrói a consciência.
A mim, quase me arrastam
pela gola do paletó
à porta do templo
e me pedem que aguarde
até que a Democracia
se digne a aparecer no balcão.
Mas eu sei,
porque não estou amedrontado
a ponto de cegar, que ela tem uma espada
a lhe espetar as costelas
e o riso que nos mostra
é uma tênue cortina
lançada sobre os arsenais.

Vamos ao campo
e não os vemos ao nosso lado,
no plantio.
Mas ao tempo da colheita
lá estão
e acabam por nos roubar
até o último grão de trigo.
Dizem-nos que de nós emana o poder
mas sempre o temos contra nós.
Dizem-nos que é preciso
defender nossos lares
mas se nos rebelamos contra a opressão

é sobre nós que marcham os soldados.

E por temor eu me calo,
por temor aceito a condição
de falso democrata
e rotulo meus gestos
com a palavra liberdade,
procurando, num sorriso,
esconder minha dor
diante de meus superiores.
Mas dentro de mim,
com a potência de um milhão de vozes,
o coração grita - MENTIRA!



quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

As Sem razões do Amor

Carlos Drumond de Andrade


Eu te amo porque te amo
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo bastante a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga, nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor, por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Carlos Drumond de Andrade